segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tua voz discreta
Hora horror
Hora granito
Beijos e incompreensões
Vão assim...
Num segredo
Silenciosamente esvaziando o veneno
Da teimosa loucura imbuída
Neste tempo, neste pó... Nesta pele
Que soa, cansa, pesa... Morre...
Ainda!


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Suspiro alguns corações, algumas indiferenças
Lembranças que fumegam francas!
Ah! Vazam tais sementes de mim!
Absorvidas naquelas regiões ardentes
Assombrosas, desconhecidas...
Monstruosamente férteis!
Pois ainda arrepio...

Logo... Sou especial!



sábado, 19 de novembro de 2011

Abrir-te...
Ou encontrar sentido
Seria desorganizar-me além do teu perfume!
Teria que criar-te! Desejando-te...
Sem sequer com forma alguma de outrem
Mas tão bela como a entrega
De um toque isento e agora - Inesquecível!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Afoga-me virgem assombrada
Flutua-me em teus medos nus
Arrepia-me na tua pele úmida e quente
E deseja-me intensamente
Pelas laterais, frente, trás...
De todas as formas... Um nó entre nós
Alastrando-se vasta e nitente...
Do calcanhar à garganta...

E só!



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Fico cismado com a imensa veia alçada
Carregada da falta aguda refletida
Que amola extenso e em pranto
Por todos os tempos teus...
Sem face, sem afetos - Sem coragem!
Nas marginais vividas...
Em ecos meus!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dar Vida às flores
Sem vitória?! Sem luta?!
Sem confusão?!
Então... Rasgam-se! Pois não há...
As ensopam e apodrecem!

Aqui neste chão o coração ainda é vermelho!
É preciso lágrimas ligeiras
Lentas procissões
E algumas Madalenas heroínas...
Desejos - Deslizes!

Num belo Sol
Não se cria esperança alguma
Sem tranças nas mesmices
Ou sem terras virgens...
Que ardam um pouco e sempre...

Só até ali!



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Em baixo volume
Ou em ventos que se vão
Sempre há canção
Sejas no Céu
Na cova
Orgias...
Poesias!
Tu não ouves?
O silêncio é o nervo das possibilidades...
A nota que mais pulsa!



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Triste ter teus lábios atentos
E não ver teus olhos sãos
Suspensos, recuados...
Sem cor alguma a perseguir!

Ingratos os teus contornos
Fechastes os espaços íntimos
Que os esquecimentos tanto necessitam...
A alma insiste a soluçar

Exploda logo! Quem és tu?!
Alimente tal suor em nevada aberta!
E recusa-se deslumbrante a avalanche infeliz...
Apenas pela tua essência, em reticência...

Ou mesmo pela indolência rara!


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ide onde tempo selvagem?
Todo espontâneo e além?!
Não notastes aqui esta criança nua?
Venha cá...
Mastiga-me com tua boca soberba
Com tua fome a rugir!
Deixa-me em teus cantos...
Pelas graças, desgraças...
Nas margens daquela Esperança fria!
E entrega-me ó velho tolo!
Em lençóis de quaisquer dessas verdades tua...
Mas breve e perfumado... Mendigo-lhe a ti antiga insônia...
Que sejas viva a tal escolhida!