domingo, 31 de julho de 2011

Perdão tempo!
Por às vezes esmagar-te comigo
Sem ao menos passar de ti para ti algo cadente...

Também peço perdão por não durar ao teu lado
Todo espontâneo como as ventanias misteriosas
E os deságües charmosos

Perdi o jeito tempo
Com o presente teu em rugas minhas
A pura aspereza - Vida inquieta!

Mas ainda sim velho amigo
Agradeço os teus olhos sedentos em mim
E perco todo adivinhado pra ti...

Sempre salvo!


sábado, 30 de julho de 2011

Não invento nenhuma tristeza
Por anúncio ou demais reparti-la
Dividi-la que fere e mistura o dia
Não, não!

Nem enxergo o outro lado pra culpar a culpa!

Tentativas acesas brilham por aqui
Assumo o terrível e sequer acabo!
Fatio meus erros para o meu estômago!
Traído e apressado - Novos tijolos!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Talvez o vão que separa tudo o que sentimos
E as possibilidades novas sempre selvagens
Não esteja tão vazio assim
Não inteiro! Ou muito possível!
Falta o nada, a não imagem...
Um renascimento barulhento, bem chorão!
Pra quando tiver coragem e exprimir
Partir do desinteresse!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sinto um arrepio cismado
Uma vontade solta de sair – Inglória!

Meu sangue encharca saudades novas
E temperam cautelosas as cores, perfumes, suspiros!

Deste lar disfarçado e vazio ao mundo lá fora
Confio tanto na semente nua...

É tão formosa a insistência da insônia do Sol!


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não sei se é um corte
Fome, dor...
Ou sono!
Mas é assustador... Juro!
Derrete-te sem acabar...
Ah! Há uma ânsia grande!
Há um grito tão cruel na História!


Quase cheguei!
Próximo ao sonho branco
Da pele mais doce... De uma pureza que nunca tive
Nem mereci... Mas vivi...
Saltei somado, sem medo!
Num infinito inteiro...Azul agitado!
E pra vida mergulhei...
Lancei a sobra de mim
Pequeno – um caco – malfeito...
Mas fui... Desajeitado...
Eu vi!
Mas sem perdão...

Perdi!



domingo, 24 de julho de 2011

Mudam as notas
Muda o tempo, o perigo...
As formas, chuvas e cores...

As plantas também mudam
Tudo transforma
O drama... Os sentidos tombam

Mas ainda sim, inspirado...
Profundo, perdido... Embrulhado!
Continuo sem flores!



O que tu queres após passos ocos?!
Espinhos soltos?!
Um medo livre?
Um nada tímido talvez!

Insatisfeitos estendem
Aguardam flores e luz
Porque eu! Bastante espalhado...
Vibro, transpiro e esquisito...

Lá do outro lado!


sábado, 23 de julho de 2011

Não desejo
Não aprendo
Nem aguardo a minha vez...
De abrir, de ruídos – A vida!

Sequer subida
Ou um broto despenca
Sem presença – Seco!
Mas com vontade – Insisto!

Pertenço!

Caminhei...
Da terra pálida prometida
Ao seio do paraíso perdido
Caminhei!

Algo vem
E desfolhamos
Belos e serenos
Num instante tremente

Ao punho...
Espada e cansaço
Sob o coração
Trevas, vôo, constelações...

Tive pavor!
Senti o aroma
Fui virgem...
Foi Fatal!



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Apenas deslizo nesta estação
Oferecendo-me entre algumas e velhas rochas
Descobrindo-as com novas saudades...
Armadilhas e proteção!
As desgasto! Necessário!
Com Esperanças e forças nas gotas
Criando formas, faço curvas – Virtuosidade no Rio...

Mas é só isso... Estou beirando
Passando agitado...
Às vezes gelado, quente
Morno... Transparente!
E passo! Por inteiro
À deriva lançado tal coração
Afogado!


terça-feira, 19 de julho de 2011

Preciso somando tudo
De alguns gritos por aqui
Talvez uma resposta
Um sinal, um cheiro! Respiração!
E pegadas que desorientam...
Há tanto espaço!

Verdadeiramente...
O incompleto move
Traz fome pra vontade
E nos deixam instintivos
Como uma nuvem sem escolha
Ou simplesmente a vontade de chorar

Ah! Às vezes é tão essencial desfazer!

domingo, 17 de julho de 2011

Estou alheio nisso tudo
São velhos rostos, corpos...
Retalhos de vozes
E nuanças que não atraem...

Falta alguma dor
Algum consumo pra expelir depois
Talvez faltem segredos
Pra mudar o foco e ascender!


É tarde demais!
Referindo-me ao ar!
Alimento raro
De pura cortesia
Às carnes moídas
E completas...

Não vivi – Não parei
Sou um esboço... E prefiro um susto breve!


sábado, 16 de julho de 2011

Há uma carência de lágrimas
Coladas nos corpos
Por formas insatisfeitas
À beira de abismos brilhantes

Estes em si mesmos
Vão acabar com toda a expressão
Empurrando pra frente
A falta do sabor...

E o que não sabiam?
Numa desistência selvagem
Não respondem
Não desligam!

Desejando eu acreditava
Verdadeiramente inteiro
Pensava vivendo
Usava espalhado
E acontecia pertencido...

Mas não fui além
Cansado estraguei o vazio
Lentamente suave lamentei
Moldei a saudade que revela lá fora
Pra depois... Não acontecer mais...

De voar, esqueci!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ó corpos ao léu!
Corações pendurados
Velhas batidas no tempo
Veias ativas! Vontades eriçadas!

Um fica
O outro cai!
Aquele pára
E este mantém!

São novos desprendimentos da Vida!

Os vivos espantados
Cultivam os Céus famintos
E os mortos caprichosos
Cultivam a terra descansada...

Um banquete!
Que apenas soluça a próxima queda...
E o vôo seguinte...
Ultrapassa!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Obscuras são as vozes virtuosas
Que belas como o fogo saltam
Das mansões – Pulmões
Cavernas e Catedrais!
Seja lá de quais bocas surgem...

Ferem...

Incrível a temperatura da necessidade!
Fria – Quente – Covarde!
Tamanha riqueza suja e mendigada
Maluquice na beleza! Anunciada!
Desde quando os esquecidos sentaram...

E ferem...


Quem sabe um vôo?
Uma lágrima
Ou um éter talvez!

Após tempos e galhos
Espio inseguro
A vinda do verso

Quando tua alegria desce
Sobe a tua força
E pedem brisas sentidas

Só há um som
Plenos sonos por aqui!
Um infinito seco...

Mas apenas por enquanto!



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Se há algum espaço
Contorno-o!
E faço da distância angustiada
Um caminho charmoso
Pelas margens uma dança...

Até chegar a ti
Sem razão – Sem fronteiras!


Vejo-te desenrolada
Fitando-me discreta!

Serena és tu Esperança nebulosa...
Neste dia petulante!


terça-feira, 5 de julho de 2011

Em cada esquina!

Não quero controle do que sinto
Nem consigo direção
Enquanto fere tudo aqui aceso
Do lado de fora a meia luz
Há um doce terrível...

Implacável a falta! Arde – Acaba – Flameja...

Só saberei com o desajeito
De um pequenino salto
A deixar por uns instantes os esboços patéticos
Um raro movimento! Pra depois...
Sem graça e com pouca força...


Espiar em qual esquina parou!


Às vezes acordo emocionado! Em qualquer lugar!
Em súplicas!
Esqueço – Possível e alcançável!
Por tal penumbra...

Num bálsamo amante nu e breve!

Por vontades delirantes
Realizo – Primavera!
Algo revoa
Que um dia expirou!

Um novo broto selvagem
Que renova o veludo aqui existe
E não mais neste sertão pálido se oferece
Sem Sol – Sem poente...

Jamais!


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Minha sombra voou

Afastou-se dos cantos...

Avisto! Neste Horizonte quente

Um corpo vestido de Vida...

Um ar que retorce o novo...

Vasto!



sábado, 2 de julho de 2011

Numa festa da Vida - Deslizo!
Experimento!

Enquanto uso, assusto e planetas...
Há uma força pra jorrar forte!
Das suas próprias emoções – Do teu próprio corpo!
Isso... Não é faz de conta de viver!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Não sustento sempre minhas perdas com compreensão
Como as pedras mergulhadas num Rio urgente
Que desafiam águas extraordinariamente vivas!

Nem menos vivo sempre a flutuar
Acima do bafo do fogo
Com a alma inteira sem se queimar

Não! Não é sempre assim! E nem deve ser!
Também sou bicho! De pelos e fome!
Que espera da própria vida as mordidas e incompreensões!

Este ser qualquer
Também às vezes não quer ser entendido! Nem perdoado
E muito menos perdoar!

Somente respirar toda a angústia que corre num sangue difícil de identificar
Se for de um ser humano, ou inseto, ou...
Simplesmente uma história inacabada!

Em meio dessas distâncias ilusórias
Apenas desejo os desconhecimentos
Os conhecimentos e a sensação de ser amado sendo o que sou...

Com tudo isso nos ombros!

Pois desde quando o pó sangrou
A carne sempre será fraca!
E vigiada por todos os lados!