terça-feira, 31 de maio de 2011

A tua alegria
Juro é perigosa!
Dá-se extraordináriamente
Por todas as laterais
Que nunca experimentei

Preciso triste e seguro
Da graça de um sabor
Faminto vê! Chamo! E como!
Deliberadamente
Um toque! Uma ponta!


Ah! Que saudade das lágrimas...


Descem honestas
E livres!
Desenhando-me
Mostrando-me
Cuidando de mim!


Eu invento meus climas, inverno os meus tempos...
Esta estação mereço e esqueço!

Sem tanta poeira no peito
Levanto meu ninguém imenso...

Que na verdade empolga um salto amargo...
Do fim ao recomeço!


Meus bichos... Eu mesmo os alimento!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não preciso tanto assim de lucidez
Às vezes pétalas de Rosas bastam
Em outras apenas um momentinho afinado
É intolerável tanto vazio
Em idéias ossificadas!

Não preciso somente da Paz
Mas de coragem!
E nem de outros desejos acertados espero algo
Estremeço por ser filho da Vida!
Pois num instante ela me machuca curando-me...


Pra trás que fiquem somente os sussurros!


A esperança tomba a maioria das sombras
Oferece-se em troca aos corações
Um pouco mais de rítmo
Que tal bailarinos entre nós?
Sim...
Precisamos de toda ela
Naturalmente
Como a alma também precisa de ti
Se não há doçura aqui – Te entrego
Mas se respiro às vezes – Te quero!
Fascina-me tal força em que consisto
Porque exprimo
Sem entender
Apenas para levar-me líquido até você
E te encher de mim! De gota em gota...


domingo, 29 de maio de 2011

Não posso desviar
Livre, fico aceso, à frente...
Pois é nessa Luz
Que se ama verdadeiramente

Peço ao Sol que te olhe
Completa! Num dom de presença
E te espalhe...

Para que
Pelo menos
Só uma faísca tua venha até mim


Quando respiro
Sinto-me preso
E apertado
Todas as minhas lembranças roem
Meu coração faz força pra mexer!
Não há um rosto!
Meu espírito desajeitadamente pergunta:
Quem errou? Há erro?
Não, não, isso não...
Somente a sensação do malfeito
Um vento vindo de lá, isso sim há...
Pois a Vida não conta, não diz...
Ela apenas é vivida!
E há tanto espaço!


sábado, 28 de maio de 2011

Não tenho tanta folga assim...
Repartir?! Na medida exata?!
E ser passível aos demais gostarem?!
Não quero durar de repente!
Eu mesmo sou um presente
Que a vida embrulha
Deixando-me de surpresa
Ao bater na porta do coração de alguém
Aumentando as curiosidades, paixões...
E incompreensões
Com intenções quentes
Cuidadosamente fria!


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Minha força simples e despercebida
Mal incomoda ou pertence a algum olhar
Não toca os corações
Nem suja as mãos das decisões implacáveis
Pede-se desculpa – Invisível
Perdoa-se – Se paga!

Tal força nunca desistiu de alguém
Nem mesmo correu de covardias famintas
Vive em si
Confiante e extraordinariamente frágil
Aguardando por um instante apenas
Os sinais das raízes de seu lar alma...

E o próximo passo – Vento!


Não quero mais me proteger do tempo

Não quero mais esconder-me

Evitando tanta beleza

De um horizonte que estende um novo sentido

Com cores oferecidas!

Sim... Isso mesmo!

Vou saltar da janela! Lá fora!

Irei arder sem nome

Pra um dia olhar a velha casa e gritar...

Vivi!


Enfim... Por todos os lados
Vejo-me agarrado
Num corpo que não possuo

A vida observa misteriosa
A conquista da "bruxa"
Dos desatentos e da lucidez

Ela vem devagarzinho
Abençoando-te com um amém sutil
E te conquista branca e pálida! Carnívora

Embrulho tudo isso aqui dentro
Não importo com tal plenitude
Nem mesmo se a alma escandalizar

Meu espaço está pronto!
E profundo
Cheio de trajetórias - Deslizo!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quero aos ouvidos da vida
Contar baixinho um segredo frio da alma inteira
Até acender a idéia de um amor quente por aqui
Só mais um pouco consigo enxergá-lo!
E verdadeiramente
Encarniçar as batidas frias
Da solidão parada e destampada


domingo, 22 de maio de 2011

Clima quente!
Corro perigo
Desejo um beijo urgente
Entre o fogo e o fogo
Por ela completa
Por eu arrisco!

Se brilhassem as vontades
Diante da falta assustada
Espanto! Luz!
Sem espaço algum teria
Para a ilusória escuridão
Numa eternidade curta


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Chegou o momento
De se medir a mentira
Sem render-me, ou implorar-me...
Um belo tempo vai chegar
A primavera aguarda triste sua volta
Avistando de longe
Todo esse fogo anunciado do inverno!

Em flamejo
Ele sempre soube do fim
Pela alma agredida
E por toda a dor que empurra
Mas alguém precisa morrer
Pra outro nascer
De lá... Flores!

De cá... Dores!
Caprichosas
Uma pintura feita pelas pontas dos espinhos
E mesmo neste meio inflamado
Continuo a me doar na Esperança
De encontrar a minha árvore
E namorar despercebido abaixo dela

Em seus galhos há bailarinos brancos
Louvando aos Céus numa canção lustrosa
Como um palco montado na vida. Enorme!
Em suas folhas existe alegria e proteção
Em sua sombra há Paz
E em suas raízes há Amor
Os frutos...Um delicioso mistério!


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Minha alma está no osso!
Perigosa!
Um vendaval o sopro da solidão
Um impulso que não apaga!
Arde! As asas pesam...

Tudo isso
Essa curva sem vão
É uma vocação
De um Amor perdido
E inacabado!

Aos Céus – Perdão!
Ao resto – Frutos!


De repente me vejo infinitamente pequeno
Um caco num saco
Uma garganta sem grito!

Inclusive...
O mundo lá fora é tão grande!
E subitamente – Não pertence!

Se eu não faltasse
Tão esquisito e enganado
Eu mosca – Teria uma sopa!


Ainda sim prefiro...
O caos que punciona a vida
Pra frente! Pra trás!
Aqui e acolá...

Um defeito não deve sentir medo
Nem um horror um inimigo cruel
Eu só quero um pouquinho da energia
Dos dois lados do nó!


terça-feira, 17 de maio de 2011

A Lua e o Sol aguardam ansiosos, pois...

Os Eclipses são desejados
Pelas misturas
Pelos toques
Pela beleza...

Uma festa no Céu!

Sim... Eles estão desesperados
Por um namoro delicado
Demorado, desentendido
Em carinhos deslizantes...

Um diz ao outro:

Apague a luz amor!
Queremos-nos agora
A terra se vira por enquanto!
Merecemos!


segunda-feira, 16 de maio de 2011

É uma pena a não querência
Não há desfecho
Nem descobrirão poemas
Neste tempo tímido
De coisas raras... Conchas azuis

Introvertida!
Minha timidez recomeça
Quer a canção
E qualquer agrado do m(ar)
Em excesso flutuar

Pois há sede e sal em mim
Perdido pelas costas
Com espaços irrealizáveis
De tanta sobra e fome
Por onde um dia poderei passar?!


Se alcançarmos à liberdade
Uma Sensação de Vida
Com passos largos
Por todos os lugares – Lindo!

E se em teu olhar
A pura escravidão se instalar
E levar o lar
Dos desejos meus – Tudo!


Bom dia!

Um bom dia para as delícias do Mundo
Uma Esperança quente
Aos medos e fraquezas "inúteis"
Mas por hora necessária...

E uma conclusão Divina
Dentro deste manto azul
Como um tempero dourado
Após tudo o que aconteceu...

Sem parar...


domingo, 15 de maio de 2011

Passam!
Passa pessoas – O tempo – Uma lágrima
O erro da beleza exigente também passa
A causa dá vida!
Sem medo de perder...

E o pecado é incapaz e engraçado!

Num sorriso miúdo
Olhava-me inútil
Um espelho qualquer
Susto! Abriu a liberdade ao meio!
Sem cortinas?!

Mas que palco é este?!
Quase irônico acordei
Que linhas frágeis estes tais segredos!
Cada vez mais... Fogo!
Alma inflamável tu és sem ofensas...

E com formas das mais sedutoras! Inventei!
Há um invento em meu coração
Este não passa!



E ainda sim
Seguindo um pequeno brilho
Após tamanha força
SEM NÓS ENTRE NÓS
Ficamos soltos e urgentes
Iguais e diferentes
Completos – Vivos
Tão próximos quanto à presença
Finalmente – Juntos!
Pois é na Esperança que nos pertencemos
Afiados!


Se em cada vida minha
Tiver uma gota se quer
Perdida como o amor
Só por um amor...

Então basta!

Pois se quiseres
Aproximo devagarzinho
E aumento-a doidamente
Num infinito...

Sem nós entre nós!


Cada respiração – Única
Cada transpiração – Mistura
Você num todo
Eles na gente
Temperos, satisfação
Inverno, verão...

É que um sentimento alheio
Está no rítmo
Em nuanças
Todavia
Brotando num antigo jardim
Nessa velha nova estação!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Durante a vida toda
Passos, astros e passagens somem...
Há pensamentos
Miragens
E dizeres de fantasias
Sobre este outro lado desconhecido
Que só mesmo as canções aliviam

Mas louca mesmo
É a prisão inevitável
Neste tempo raso...
Que por algum capricho mortal
São por momentos
Simplesmente desfeitos
Como tijolos espalhados


É urgente acima deste chão abandonado sem ação
A presença de idéias acesas e lenhas Humanas
O fogo que corre sem piedade
Acredita sempre num alimento sem fim!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Acho excitante quando pergunto algo e recebo como resposta:
“Da forma que você quiser”
Ou seja...
Nem eu, nem ele ou ela
Ou algum Santo ou Santa... Especial!
Então Vida...
O que era preso livremente arrepia
As idéias penduradas por um fio de medo
Apenas esperam do ar
Um empurrão sensacional
E descompromissadas germinam!


A cada Céu perfeito
Uma dose preparada...

Nem uma gota a menos
De lágrimas feridas
Ou chuvas insatisfeitas...

Nem um vento a mais
De sonhos distraídos
Ou folhas lançadas...

Sempre... Na medida exata!


terça-feira, 10 de maio de 2011

A minha vida por estar na sua
Ultrapassa acesa como uma benção
Ardendo-nos abaixo dos Sóis num só coração...

...E todos os outros lá fora passam


Não demais, após tal explosão de verdades ansiosas
Contemplo as nossas luzes a pintarem caprichosas
Um Horizonte disfarçado de agradecimentos sutis...

...Aqui, cheio de cheiro e ruídos...

...Fico inteiramente vivo! No aguardo de mais um Céu nosso.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

O simples me congela
A doçura chega a assustar
Somos impossíveis!
Temos garras demais pra brincar

Uma criança se arisca
Nem noto
Tento excessivo
Mas não alcanço!

Uma flor se oferece
E eu carência!
No entanto está ali
Faiscante a tua alegria...

...Um espanto carinhoso
Aguardando o teu coração
E esperando do resto
A brisa de um silêncio...

...Claro e úmido!


Minha alma é única
Meu dente é único
E durante minha vida
A moldura é inteira!

Enlouquecido são meus rastros
Frágeis também
Do princípio
Aos outros princípios

Aguardo sim... Na porta de saída
Um brilho azul
Um vento irônico
E o teu olhar!


Querem-te
Desejam-te
Por hora agradável...

É um truque sério
Vestido de espinhos
Que carimba o coração...

De qualquer coisa!
Ou até mesmo
De coisa nenhuma!


O que a alma quer dizer?
Com toda essa altura difícil?!
Eu entendo e não resisto
Aceito o puro vinho
Derramo os pecados
E num ritmo afogado...

Espanto!

Mas sinto tanto, tanto!
A falta da verdade...

Às vezes!

sábado, 7 de maio de 2011

Esse tal “poder” tem vida?!
Se respirar, respira pra onde?!
É estranho entender
O bafo do respeito
Embaçar o bronze
E a saliva da inteligência
Banhar carnes vivas...

Mas isso
Numa tosse repetitiva
É um edifício permitido
Um espalhar esperançoso
Num sentido fugaz
Que em verdade
Ainda está tão distante...

Pra nós – Incompreensões
Pra Vida – Anúncio!


Imagino no escuro da noite
Animada a chegar sublime e triunfante
Faltam apenas alguns segundos... Sempre poucos segundos...
Como serei sem calor quando teu corpo bailarino for?

Irei ultrapassar e seguir o fogo?
Parece ser tão distante assim como teus olhos em drama!
Mas que visão linda! É fantástica a participação da dor na Vida...

...Tão grande quanto um olhar que empurra todos os dons dentro de nós!


sexta-feira, 6 de maio de 2011

A mesma ilusão
O mesmo perdão
A própria ironia
Num sonho dentro de mim

Acho que é
Não encontrar ninguém
E amar alguém
Depois... Demência!

Aonde vou? Suavíssimo!
Num vaivém que nunca entra!
Que me força adivinhar o choro
Dolorido...

Nestas mãos...

Num reflexo duro!


Alarmada minha sensação distante
Com tamanha altura das vozes
E estranha presença do coração
Num corpo a bordo, à deriva
Não longe das estrelas
Nem do tempo que passou...

Fica tão frio assim?!

Às vezes passo por jardins com sono
Outras por Céus baixos
Mas profundamente respiro
Com a leveza de um saber qualquer
Que o Amor não escolhe
Pois antes de alguém nascer e vir...

É o primeiro órgão da vida enfim!


terça-feira, 3 de maio de 2011

Quando você decidir...
Iluminar a coragem e avançar!
Num percurso triunfante
Entre tua mente acreditada
E teu coração vivo


Poderá sim...
Neste espaço insatisfeito encontrar
As opiniões "imperfumadas"
Velhos pressentimentos
E falta de flores


Sim...Poderá...


Mas sem asas...


Jamais!!!


domingo, 1 de maio de 2011

Você é a própria mistura
Que agarra meus monstros
Num pesadelo... Armadilhas cristalinas

Juro vigiar-te com alegria
Sem mesmo tê-la
Mas costuro tua calma impura...

Após toda essa confusão
Criadora e vazia
Ultrapasso ileso pelos vãos das ilusões...

...Renovado!